Copyright na Escola: uma reflexão necessária
Era uma vez, antes da internet…
Professores caminhavam alegres em direção a sala de aula com seus radinhos em punho e fomos da fita K7 ao CD. Ver um filminho para ilustrar a aula era super legal e fomos do VHS ao DVD, devidamente alugados por 48 horas. As folhinhas dos alunos eram rodadas no mimeógrafo, com figurinhas carinhosamente retiradas dos livros didáticos. Alunos traziam seus trabalhinhos (devidamente copiados da Barsa) caprichados, escritos com letra legível e sem rasuras nas folhas de papel almaço.
Um belo dia nasceu a internet (menina travessa)…
E milhares de pessoas ao redor do mundo começaram a compartilhar arquivos. Professores antenados, sairam buscando por aí: bonitas imagens para ilustrar a “folhinha” de lição de casa (adeus mimeógrafo), vídeos no Youtube (adeus locadora), baixavam música no Emule e gravavam seus próprios CDs (adeus radinho chiado), textos prontos no Scribd, apresentações no Slideshare e por aí vai. Acharam esses canais perguntando ao oráculo da era moderna: Santo Google! Os alunos fazem a sua parte, trazem tudo bem formatadinho em folha A4, conteúdo super atual (devidamente copiado da Wikipédia), ilustram também seus trabalhos com imagens sensacionais, devidamente copiadas do Google Imagens ou qualquer site que o oráculo indicar.
Pergunto eu, qual a diferença do antes e do depois?
A resposta mais óbvia e talvez simplista (pra mim) é que o depois proporciona uma avalanche muito maior, a internet espalha a notícia de forma muito mais rápida e o alcance é enorme. Qualquer um copia qualquer coisa e põe seu nome abaixo! Entretanto nos dois casos alguma coisa passou, não prestamos atenção nos sinais (ops, nos autores).
E agora pergunto eu, qual o ponto em comum do antes e do depois?
Ora, ora pergunte ao Arnaldo, a regra é clara! Exibir filmes alugados da locadora na escola, por exemplo, também fere as leis do super C e aí vem alguém e diz que eu não posso usar esse ou aquele material da internet com fins educacionais (mesmo citando as fontes), porque o copyright não deixa, o super C é mesmo implacável. É pessoal, a regra é mesmo clara.
Mas será que a regras desenhadas para o século passado se aplicam a Sociedade da Informação e do Conhecimento? Eu creio que não!
Soluções? Todos queremos soluções! Cadê as soluções?!
Já passou da hora de discutirmos entre nós educadores e com nossos alunos essas questões. Indicar o autor sempre foi necessário, mesmo que não praticado (Lembra? Onde hoje você põe webgrafia era bibliografia). O mesmo se aplica as imagens e vídeos que ilustram nossos sites e blogs (professores e alunos). Esse seria um excelente 1º passo!
Passar a usar e ensinar nossos alunos a usarem materiais licenciados em Creative Commons, eis o nosso 2º passo!
Compartilhar os nossos trabalhos e experiências na internet é sensacional e gera aprendizado, não é mais o EU, agora somos o NÓS. Você gosta da ideia? Eu também gosto! A minha dica é: licencie seus materiais com o super CC (Creative Commons) e coloque a disposição da comunidade acadêmica, se não podemos usar este ou aquele material, pois então criemos os nossos. Eu gosto muito do 3º passo!
Você acha que eu tenho a perna curta e andei pouco? Pois então, sugira seus passos nos comentários lá embaixo que eu incorporo aqui depois e digo que foi você que escreveu!
Compartilho com vocês uma apresentação curtinha e resumida que montei para usar no colégio onde trabalho.
Mais sobre o tema você encontra em um outro post aqui do Internetando: Creative Commons, você sabe o que é?
Esta reflexão pessoal nasceu, quando vi o vídeo abaixo no The EduBlogger e descobri que há poucos dias atrás o Youtube publicou este vídeo para conscientizar seus usuários. Particularmente, sou da turma que não gostou do vídeo, mas não quer dizer que não o usaria em um reflexão coletiva. Tirem as suas conclusões.
Sugestões, elogios e críticas são bem-vindas 🙂
Oi Debora!
Achei muito bacana o seu site. Gostaria de saber um email seu para enviar sugestoes de pauta para o blog.
Desde já agradeço!
Lenice Laflor
Educaedu
Olá Lenice,
Muito obrigada por seu comentário. Você pode falar comigo sempre pelo twitter @deborasebriam e quanto ao meu e-mail não vou divulgá-lo aqui, mas estou enviando neste momento uma mensagem para você e assim mantemos contato 🙂
Abraço,
Débora
Bom dia Débora,adorei seu texto.
As pessoas pensam em criticar a internet mas não se preocupam em usá-la corretamente, e como você mesmo cita, a cópia, o plágio, sempre exisitiu; mesmo na forma escrita as fonte sempre precisaram ser citadas. Vou compartilhar e tentar debater o assunto no Facebook.
Abraços
Talita M.
Olá Talita,
Quem bom que você gostou do texto, lá no Facebook eu participo dos grupos Refletindo sobre Educação, a Cultura Digital e a Formação de Professores, Coordenadores de Laboratório de Informática Educacional, Rede Nacional De Ensino, Celulares na Educação, você conhece algum? Acho que você irá gostar! De quais grupos você participa?
Abraço, Débora
Olá Débora,
Gostei muito do seu texto e dos vídeos. Leitura fácil e gostosa!
Já compartilhei com o pessoal do Projeto Rede Promenino de Educadores.
Abraço,
Miranda Tonarelli
Olá querida,
Obrigada por deixar seu pitaco por aqui e pela divulgação.
Abraço,
Débora
OI Débora, gostei muito do seu post e sua apresentação. Pretendo utilizá-la com os devidos créditos em algum momento nos cursos com os professores. Estou trabalhando com produção de conteúdo digital usando áudio e ferramentas de publicação online e também um com stop motion. A grande dificuldade é encontrar material com licença cc para educação, para crianças. Mas está sendo uma aprendizagem interessante para mim e para os professores. Acredito que eles já vão começaram a ter uma nova forma de olhar sobre as músicas, artistas e o copyright.
Me interesso demais pelo assunto e por cc e REA também, acho que são o grande caminho para a educação.
Abraços
Carla
Olá Carla,
Pode usar o material a vontade, minhas publicações e materiais de autoria própria estão em Creative Commons atribuição e uso não comercial 🙂
Compartilha seu trabalho comigo 🙂
Nenhuma idéia é absolutamente original. Toda idéia nova vem no mínimo da análise do que já existe e de uma necessidade que ainda não foi respondida. Ninguém cria absolutamente sozinho. É na interação, na contraposição de visões que o novo se configura. Sendo assim, de quem são as idéias? A morte de uma idéia é a gaveta. A quem interessa o modelo do Copyright senão apenas aos grandes distribuidores de tudo?
Tudo o que faço está no modelo Creative Commons, porque não penso sozinha, penso em relação com o mundo, com as pessoas, com outras produções. O que é um blog sem comentãrios? O que é o Youtube sem quem veja, comente, divulgue, tenha idéias, re-crie e proponha? E só agora percebo que este blog é regido pelo Copyright…então pergunto de quem são este e todos os comentários aqui colocados como contribuição espontãnea e voluntária? CopyLeft volver!
Olá Daisy!
Concordo em número e grau com você.
Nossas ideias e ações, são frutos de nossas interações com o outro, novas resignificações para um mesmo objeto. Nada é original como você mesma coloca!
Desculpe se entendi errado, mas para esclarecer, este blog não esta regido pelo Copyright, ele é licenciado pelo Creative Commons e tem um selo identificando que as pessoas podem copiar, compartilhar, remixar, melhorar 🙂
Abraços,
Débora
Oi Débora,
sempre acompanho seu blog, gosto bastante dos textos. Estamos conectadas no Facebook através do perfil do meu trabalho – Projeto Vamos Ler. Através do ‘Vamos Ler’ participo de alguns grupos como: Rede Nacional de Ensino, AC Social – Acesso Cidadão, Educação para a Paz, Por uma livre escolha e opção de ensino, entre outros. Vou dar uma olhada nesses que mencionou acima. Ah, eu conheço a Renata Aquino, ela é minha professora no curso de pós graduação do Senac/SP.
Abraços
Talita Moretto